A Jornada
Da cadeira onde trabalhava como Gerente em uma empresa de Calderaria Pesada, tinha a visão da fila de Ipês amarelos que enchem o canteiro da avenida e tive um insight muito claro e comecei a pensar para quem deixar meus poucos bens. O mais valioso era o piano e quando percebi, tinha a consciência clara de que se não mudasse rapidamente o meu modo de vida, fatalmente eu desencarnaria.
Esta constatação não foi nada interessante, mas tinha certeza que era real. Saindo de uma reunião de Recursos Humanos, um cliente da empresa me fez parar o carro e me levou para participar de uma palestra de Meditação Transcendental. Bem, entrei porque era cliente mas nem um pouco interessada no assunto e quando uma senhora veio me perguntar se queria participar do curso, lembro que respondi não mas muito secamente. Quando soube que era a esposa do cliente, voltei e peguei a ficha, percebi que tinha sido muito mal educada.
Bem, encurtando a história, fui mais para reparar a falta de educação tanto que participei do Puja de shorts, ou seja, outra falta de respeito, mas, enfim, foi o que quebrou a carcaça que eu tinha em volta, a rigidez.
A partir desse momento não parei mais, minha transformação foi visível e todos que entravam em minha sala percebiam e foram também fazer o curso. Me envolvi intensamente, promovendo o primeiro Festival da Primavera que depois se repetiram por vários anos. Senti que a vida tinha entrado de novo em mim, mas não era o suficiente.
Depois que voltei do curso de Sidhis em Brasilia, começamos a meditar em grupo e era uma maravilha poder me deslocar no ar sem o mínimo de esforço.
Um belo dia, chegou um instrutor de Brasilia para ministrar o curso Ciências da Inteligência Criativa, curso ainda dentro da Meditação Transcendental e no final, acabamos nos casando e passei a me dedicar em tempo integral a esta nova atividade, organizar os cursos de Meditação Transcendental e Ciências da Inteligência Criativa.
Naturalmente que muitas dificuldades surgiram, afinal era mais uma concorrente no mercado e comecei a atender com massagem pois eu era muito boa nisso. Olhava por cima da roupa da pessoa e sabia onde estava o problema, para mim era natural e quem percebeu isso foi um colega que perguntou como eu sabia onde doía na perna dele. Foi então que percebi que minhas mãos simplesmente sabiam.
Comecei então a atender profissionalmente com massagem, musicoterapia e relaxamento, isso em 1985. Já em 1986, grávida do meu primeiro filho, estava atendendo em outro local, mais no centro da Cidade e depois que uma astróloga me indicou os Florais do Dr. Bach, senti uma afinidade muito grande e simplesmente entendia o que os florais eram e passei a manipular e preparar os florais para os clientes. Era bastante trabalhoso, pois levava muito tempo para esterilizar os frascos, mas os resultados eram gratificantes. Ttinha feito o mapa astral porque precisava ter certeza de ter agido corretamente deixando a engenharia – ainda bem que o mapa confirmou que sim!
Nessa época, meu então hoje ex-marido, começou a montar uma pequena loja com incensos e um dia trouxe os cristais. Quando olhei os cristais, peguei e comecei a trabalhar com os clientes, simplesmente sabia o que fazer com eles e tinha resultados maravilhosos.
Durante muito tempo, enquanto atendia, me colocava nas mãos e serviço de Deus, pois ainda não entendia o que eles queriam dizer, eu, uma ex-executiva que participava de reuniões com empresários, de repente me via sentada no chão atendendo com cristais. Por muito tempo trabalhei quieta e escondida, não queria que a “antiga turma” me visse daquele jeito, uma vez que nem eu ainda aceitava.
Em um desses momentos de conversa com Deus, entendi que era este o meu novo meio de vida, minha nova profissão, então o coração se acalmou e me harmonizei com esta nova atividade.
Com o aumento de atividade, alugamos um sobrado e oficializamos a atividade – “SAMADHI Núcleo de Desenvolvimento Interior”, onde tínhamos uma pequena loja embaixo e em cima onde atendia e ministrava os cursos.
Precisando de mais conhecimento para ajudar as pessoas que me procuravam, fiz diversos cursos e acumulei algumas ferramentas de trabalho: Tarô, Numerologia, Radiestesia, Regressão, Hatha Yoga, Floral de Saint Germain, iniciação em quirologia e iniciação em Astrologia. Fui autodidata em Florais do Dr. Bach, cristais, massagem e relaxamentos.
No espaço SAMADHI, além dos atendimentos, oferecíamos meditação aberta ao público: Transcedental, dos Mestres Ascencionados e Xamânica.
Mas, ainda sentia falta de um verdadeiro Mestre, alguém que soubesse mais do que eu e que pudesse me responder vários questionamentos.
No seminário dos Kahunas em Veranópolis, conheci a Andréa que contou sobre o curso que fez com o Mestre Choa Kok Sui e no mesmo instante senti que era a pessoa que procurava. Este seminário foi muito decisivo, porque fiz a “caminhada na brasa” com autoconfiança sem me submeter à hipnose e foi maravilhoso, caminhei sem queimar os pés. Isso foi no final de 1992.
Chegando em São Paulo me inscrevi no curso e finalmente, em 5 de Fevereiro estava sentada e vi o Mestre Choa Kok Sui entrar, quietinho, beirando a parede e quando o vi, pensei: “É ele! Finalmente chegou”. Senti na alma que era o Mestre que estava esperando e isso se confirmou na primeira meditação dos Corações Gêmeos, quando precisei me segurar para não me deslocar no ar, de tanta energia que ela gerou e isso foi motivo suficiente para eu querer ensinar a técnica.
O curso era tudo o que eu esperava, trouxe as respostas técnicas que eu precisava, já fazia a varredura, a limpeza dos órgãos internos, a limpeza da aura, usava o cristal laser, cura Divina, enfim, só estava me faltando o Mestre Choa para melhorar todas as técnicas. E ele chegou!
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